sexta-feira, agosto 08, 2008

Escócia, Alba, terra dos escotos


Há dois anos andei de férias pela Escócia com a minha mulher, satisfazendo um desejo antigo. Alugámos um carro e, sem parar em Glásgua nem em Edimburgo, assentámos arraiais em Dunoon, na península do Cowal, perto de amigos. A partir daí, uma semana de volta à Escócia pelas ilhas e costa atlântica... com uma fugida ao Lago Ness e a Inverness, claro. Castelos e mitos, mar e luz, gaélico e história, Bonnie Prince Charlie e a última luta pela independência, o povo das terras altas... e as paisagens do comboio do Harry Potter.
Veio-me à recordação, tudo, durante a visita à exposição de pintura sob a temática escocesa, na Galeria LX.

sábado, agosto 02, 2008

E os que não chegaram à publicação...

Além dos trabalhos apresentados ao longo dos últimos posts, é justo referir os alunos que desenvolveram outros trabalhos mas não alcançaram o patamar da primeira publicação, seja por ainda não ter sido oportuno, seja por ainda haver necessidade de melhorias ou desenvolvimento adicional. Ei-los:

Filipe Alves - Desenvolveu uma loja onde avatares podiam comprar uma t-shirt virtual a custo zero (ou melhor, a custo L$1, que era devolvido após a compra). De seguida, com t-shirts físicas produzidas especificamente para o efeito, apresentou-as aos mesmos clientes virtuais (colegas e docentes da UTAD), permitindo a compra mais barata a quem tivesse comprado uma t-shirt virtual. O obectivo era verificar se as preferências dos consumidores na compra de t-shirts virtuais teria alguma semelhança com as preferências na compra da t-shirt real, sentida na mão e vista à face, isto porque o consumidor era livre de mudar de preferência no momento da compra da t-shirt real. E realmente, as preferências mudaram pouco. Há espaço para estudo mais aprofundado sobre o SL como plataforma para estudos de marketing.

Luís Sequeira - Não, não é o director financeiro da Beta Technologies. É um "xará" (homónimo) dele, mestrando de Comunicação e Multimédia na UTAD. Está a estudar o uso que universidades por todo o mundo fazem dos espaços próprios no SL, para propor de forma fundamentada uma concepção para o espaço da UTAD.

Mércia Pinto - trabalhou na simulação de um espaço empresarial em SL, com bonecos que reagissem à presença de alunos que visitassem essa "empresa", para que alunos que iniciam o estudo de sistemas de informação possam começar a perceber melhor como é que uma empresa se organiza.

Pedro Santos e Diogo Miranda - Trabalharam na produção de uma pilha de protocolos de comunicações para simplificar a tarefa de mandar mensagens de um objecto no SL para outro. O objectivo último (não alcançado ainda) é permitir ao programador que usa o SL abstrair-se das complexidades de comunicação: um comando para objectos ligados entre si, outro para objectos próximos, outro para objectos distantes mas no mesmo servidor, outro (ligado a um servidor exterior ao SL) para conseguir comunicar entre objectos situados em servidores diferentes.

As publicações do semestre (X) - comunicações

Pereira, Jean; Valério, Sérgio; Serôdio, Carlos; Morgado, Leonel; Mestre, Pedro; Carvalho, Fausto (2008). Interligação entre Sistemas SMS e o Serviço de Mensagens Instantâneas do Second Life®. In Actas da conferência cef^SL 08 - Comunicação, Educação e Formação no Second Life®, 26 a 28 de Junho, Universidade de Aveiroersidade de Aveiro.

Ribeiro, Fernando; Barreira, João; Fonseca, Benjamim; Magalhães, Luís; Carvalho, Fausto; Morgado, Leonel (2008). Kit de Conferências Virtuais. In Actas da conferência cef^SL 08 - Comunicação, Educação e Formação no Second Life®, 26 a 28 de Junho, Universidade de Aveiro. Aveiro, Portugal: Universidade de Aveiro.

Dois trabalhos de finalistas muito diferentes: o Jean Pereira e o Sérgio Valério são finalistas de uma licenciatura pré-Bolonha de 5 anos, pelo que são quase mestres; o Fernando Ribeiro e o João Barreira são finalistas já segundo Bolonha, pelo que para se mestrarem ainda têm 2 anos pela frente.

O que o Jean e o Sérgio fizeram foi desenvolver de forma independente uma forma de comunicação entre qualquer avatar e qualquer utilizador de aparelhos com SMS, e vice-versa. Ou seja, não é necessário que os destinatários se inscrevam num serviço para poderem receber mensagens, nem estar sequer registado no Second Life para enviar um SMS a um avatar. É o resultado de um projecto co-orientado com a PT Inovação e deverá ter novos desenvolvimentos em breve.

Já o Fernado e o João estão com uma tarefa ainda no início: criar condições para que possam reunir-se no SL actual centenas ou milhares de pessoas no mesmo evento. Um desafio, dado que cada programa-cliente só apresenta no ecrã 35 avatares e cada servidor só suporta de 40 a 100. Mas a ideia que lhes apresentei e têm estado a desenvolver (por enquanto só a nível de chat e teleportes) é definir salas com captura de ecrã e projecção em todas as paredes, mais reprodução de som e chat entre salas, para permitir aos participantes sentirem-se numa sala enorme, muito preenchida, podendo assim passear e interagir com um número muito superior do que o que podem estar num só sim. E, o que é melhor, sem sofrer o lag associado a grandes números de avatares. Vamos continuar durante os próximos anos, com áudio e vídeo.

As publicações do semestre (IX) - e-learning - CORRIGIDO

Lopes, António; Pires, Bruno; Cardoso, Márcio; Santos, Arnaldo, Peixinho; Filipe; Sequeira, Pedro; Morgado, Leonel (2008). Sistema de criação de movimentos de Andebol em Second Life para Formação de Treinadores. Prisma.com., ISSN 1646-3153.

Salvado, Pedro; Santos, Bruno; Morgado, Leonel; Santos, Arnaldo, Peixinho; Filipe (2008). Controlo de acesso a salas de formação para formações síncronas no Second Life. In Actas da conferência cef^SL 08 - Comunicação, Educação e Formação no Second Life®, 26 a 28 de Junho, Universidade de Aveiro. Aveiro, Portugal: Universidade de Aveiro.

Estes dois artigos vêm na linha iniciada com o trabalho de doutoramento do Ricardo Antunes e o trabalho de mestrado do António Madeira: conseguir ter ferramentas de apoio à actividade educativa no SL, que ligue o SL a sistemas de gestão exteriores.

O Bruno Pires e o Márcio Cardoso, em colaboração com o doutorando de desporto em Lleida, António Lopes, elaboraram um sistema para um formador de andebol definir, numa aplicação off-line, movimentos ofensivos e defensivos de andebol: este jogador passa a bola, este esquiva-se, este avança, aquele recua... Depois, esses movimentos ficam registados num servidor e, a partir do SL, sob comando do formador, surgem 14 bots que reproduzem o movimento guardado (todo de uma vez ou passo a passo).

Tem imenso potencial. Em vez de mostrar um vídeo ou um diagrama, podemos ver a movimentação ofensiva de qualquer ângulo claro, mas isso também se faria noutros sistemas de simulação. Mas dentro do SL, estando lá os formandos (treinadores de andebol), podemos posicionar-nos ao lado de um jogador, e mostrarmos aos restantes participantes como propomos alterar uma movimentação; podemos experimentar ver como nos enquadraríamos de forma diferente; etc... Enfim, uma simulação integrada ao vivo na aprendizagem.

Já o trabalho do Bruno Santos e do Pedro Salvado se centra noutro problema: se uma formação for fechada a um grupo restrito de participantes, como o fazer no SL sem ter de estar a alterar permissões de terreno manualmente (para que se possa gerir um número elevado de acções de formação automaticamente, por exemplo)? Este artigo apresenta as formas de o conseguir e analisa uma, embora não seja a ideal. Houve desenvolvimentos posteriores completamente diferentes, mas isso será tema de outro artigo.

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