sexta-feira, abril 27, 2018

Assembleia Municipal de 27 de abril - Intervenção de Leonel Morgado

Caros munícipes,

Apresento aqui a minha intervenção na Assembleia Municipal de Ansião de dia 27 de abril de 2018:


«Ex.mos senhores presidentes e vereadores, caros deputados, caros munícipes,
Começo por dar nota que continuo a receber o essencial da documentação em papel e não em formato digital.

O conselho de Ansião conta desde a última assembleia com uma nova valência: o Centro Local de Aprendizagem da Universidade Aberta. Saliento, que o Sr. Presidente cumpriu aquilo a que se comprometeu na última Assembleia, de reconhecer em orçamento a manutenção desta valência, pois nos novos planos para 2019 e anos seguintes já consta uma verba para este centro, embora de apenas €1000 por ano, o que não cobre sequer um mês de funcionamento, pelo que espero que venham a ser em tempo útil novamente corrigidos.
Com agradável surpresa, dei conta, nas atas das reuniões de câmara, dos agradecimentos ao meu esforço, tanto por parte dos vereadores da oposição como por parte do executivo. Agradeço aqui publicamente essas palavras e comprometo-me a continuar a dedicar-me a desenvolver Ansião com esta valência. Uma valência de impacte regional, pois abrange 110 mil habitantes, desde Pombal até Pampilhosa da Serra. Assim saiba o município congregar os concelhos vizinhos para a cooperação, não se isolando e assumindo Ansião um papel a nível regional.
Soubemos pois aproveitar esta oportunidade. E é sobre oportunidades que venho falar hoje.
Ninguém duvida que Ansião é o melhor lugar para este centro da Universidade Aberta. Claramente. Mas tivesse aberto algum antes nas proximidades e a situação poderia ser hoje outra. Houve uma oportunidade e não foi desperdiçada. Não devemos desperdiçar oportunidades, pois podem não se repetir.
Aliás, estamos em sintonia, senhor presidente de câmara, pois na ata da reunião de câmara de 16 de fevereiro é isso que diz: “não se deverão desperdiçar oportunidades”.
Neste momento, enquanto aqui debatemos, se surgir a oportunidade de vir para Ansião uma empresa que precise de dois ou mais lotes contíguos, não temos onde a acolher.
Sr. Presidente de Câmara: na reunião de câmara de 16 de fevereiro, cujas atas só agora nos foram entregues, deixa claro que pretende iniciar as obras do parque empresarial do Camporês só em 2019 e concluí-las em junho de 2020. Nos documentos que hoje temos aqui em mãos, dá-se conta dessa intenção pela redistribuição de verbas.
Fica claro, portanto, que a sua intenção é correr o risco, durante mais um ano do que o previsto originalmente, de perder oportunidades de investimento – de criação de empregos – no concelho.
Fica claro, portanto, que perdemos quatro meses – quatro meses desde dezembro, altura em que tentámos a bem do concelho reprovar o orçamento, dando conta da nossa total disponibilidade para o aprovar após corrigido este aspeto que só agora em abril será corrigido.
Sr. Presidente de Câmara, sendo salutar esta correção, estamos a correr o risco de só ter lotes contíguos no Camporês daqui a dois anos – dois anos em que podemos perder oportunidades de empregos de fixação de população em Ansião, de lhes evitar deslocações diárias pelo IC8 a Pombal e mais além. Dois anos de risco de perda de oportunidades.
Disse-me aqui que os orçamentos são dinâmicos, corrigem-se. Hoje é-nos proposta uma dessas correções.
Sr. Presidente, lanço-lhe o desafio: para que deixar 15% do investimento para seis meses em 2020? Perdemos 4 meses em relação ao previsto pelo executivo anterior, não percamos um ano! Ainda pode recuperar pelo menos metade desse tempo. Coloque em 2019 os 15% de verba que tem em 2020 e tente acabar o Camporês antes do Natal, dê essa oportunidade às pessoas do concelho que cá querem viver e trabalhar.»