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Vesta, vista pelo telescópio espacial Hubble
Read more at dererummundi.blogspot.comOs calhaus têm muito que se lhe diga. Uns interessantes, outros nem por isso. A maior parte dos mesmos encontra-se na chamada Cintura de Asteróides, entre as órbitas de Marte e Júpiter; os asteróides são, realmente, calhaus, rochosos, irregulares na forma e de diversos tamanhos. São mais de 100 mil, com tamanhos entre 1 km e 963 km.
Pensa-se que são as relíquias de um planeta que não se formou devido à poderosa força gravitacional de Júpiter. De todos estes corpos, destacam-se dois: Ceres, o maior, com 963 km, e Vesta. E são um problema para o astrónomo adepto da rígida classificação dos corpos celestes; como se já não bastasse a polémica sobre Plutão, que passou de planeta a objecto transneptuniano dito planeta-anão, Ceres e Vesta teimam em não ser bem, bem asteróides. Ceres porque já tem tamanho suficiente para ter uma forma redonda, globular - daí apelidar-se também planeta-anão; Vesta, um "planeta menor", é um caso bem mais fascinante: tem uma estrutura interna em camadas, com núcleo, manto, crusta e uma história de aquecimento, derretimento e arrefecimento do seu material rochoso, tal como a Terra. Eis um outro facto delicioso: a sua superfície regista, provavelmente, a mais bem preservada história geológica do sistema solar.
A sonda Dawn (NASA) prepara-se para a desvendar, fazendo desta missão uma viagem no espaço e no tempo! Como diria Camões, "todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades". Assim na Terra como nos calhaus!
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