(Em Português mais abaixo.)
From the assignment text:
«We are therefore going to engage in a playful narrative exercise. Telling stories about your life experience often reveals more and richer insights than direct questions, and anecdote is often more helpful in describing our activity than “objective” factual description. Please respond to the following three sections in whatever way you see fit. Be as playful as you like!
A. I am your friend. I don’t work in education. You are talking to me about the idea that we all learn from each other, in all kinds of contexts, and that this can often be richer than more formal classroom based learning. I am sceptical. Tell me about an informal learning experience you have had online in which collaboration was involved, show me a concrete example to help me to see what you mean.»
In our daily lives we have the benefit (or not) of an intense relationship with learning: we are told and accept that we should treat our car with care, but once we pay a serious amount for new brakes, or find the need to replace a car engine's, that's something that really
gets imprinted. We read about how to teach children and adults, but it's when we actually are teaching that we get the smiles, the disgust, watch success and suffer failure - we learn intensely. We learn math formulae, we learn how a system without feedback is not controllable... we apply Lagrange-transforms to analyze system diagrams... and then, possibly years later, we realize in life how this can help us understand management situations, or our teaching practice, not just mechanical or electronic systems. We develop new insights. More profound ones. And sometimes we benefit from both things (study and insights) happenning in concert. That's really great.
I've used Second Life a lot, but I'm typically more focused on the technical aspects than on the modelling - and my classes in Second Life are typically inside a classroom with computers, where I and my students are physically present, but using Second Life. But once the class is over, sometimes students ask for my help in SL or simply meet me to chat. Many times I've learned a lot by spending time on-line trying to help out a student with some particular aspect of their project that I hadn't ever seen before, or trying out a new idea, or seeing how things could turn out wrong when trying to test them with people from afar... All small events, all hard to remember exactly, but as a set they have been very significant for me.
«B. We all explore new technologies, some grab our attention more than others, some seem revolutionary, others simply bore us. Tell us about that new tool, or set of tools, you have just discovered that really excites you, talk about the potential it has to change your work. What do you want to do with it?»I keep coming accross new tools all the time - it's part of my job to find them! Second Life and
ToonTalk were by far the two most recent tools with an impact on my work. ToonTalk has shown me how programming can be done in a very context-rich manner, as if playing with Lego bricks, associated with daily activities, and
still be powerful! And programming opens up so many possibilities for learning... Second Life has shown me how it can be
easy to cooperate and work in a virtual world, in a place where we can
create a meaningful context for a learning or teaching activity. And so many gadgets, so many tools, that keep appearing... I don't know what I want to do with them! That's what entices me. I feel I can do great things, it's a path of discovery.
«C. Do you see yourself as a pioneer? Do you think you are more innovative than others in your organisation? Do you think your organisation is lagging behind? Tell us how you feel about this?»
Yes and No. I am a pioneer in many regards, and certainly have been an early adopter of novel technology, and am possibly more open than the average to try out new things, new methods, even if unsure how. But many in my university department (Engineering) are, too. Not all, obviously; but while other parts of the university may be in fact extremely conservative, I do feel I work in an environment that welcomes and supports pioneers.
========================
(This is the Portuguese-language version of the text above.)
Do texto do enunciado:
«Vamos assim envolver-nos num exercício narrativo descontraído. Contar histórias acerca da experiência de vida pessoal costuma revelar mais percepções (e percepções mais ricas) do que fazer perguntas directas. E os episódios soltos muitas vezes ajudam mais a descrever a nossa actividade do que uma descrição factual, “objectiva”. Responda às três secções que se seguem, da forma que entender. Seja tão descontraído quanto o quiser!
A. Sou uma amiga tua. Não trabalho na área da educação. Estás a falar comigo acerca da ideia de que todos aprendemos uns com os outros, em todos os tipos de contextos, e que isto pode frequentemente ser mais enriquecedor do que a aprendizagem formal de sala de aula. Estou algo céptica. Conta-me uma experiência informal de aprendizagem que tiveste on-line, na qual tenha havido colaboração; mostra-me um exemplo concreto para me ajudar a perceber o que queres dizer.»
No nosso dia-a-dia temos a vantagem (ou não) de uma relação intensa com a aprendizagem: é-nos dito e concordamos que devemos estimar o nosso carro, mas é quando se paga uma batelada por travões, ou se descobre que é preciso trocar o motor do carro, que alguma coisa
realmente fica vincada. Lemos acerca de como ensinar crianças e adultos, mas é quando estamos realmente a ensinar que recebmos os sorrisos, o desgosto, vemos o êxito e sofremos com o fracasso... aprendemos de forma intensa. Aprendemos fórmulas matemáticas, aprendemos como um sistema sem retroalimentação não é controlável... aplicamos transformadas de Lagrange para analisar diagramas de sistemas... e então, talvez só anos mais tarde, percebemos pela vida como isto nos pode ajudar a compreender situações de gestão, ou a nossa prática de ensino, não apenas sistemas mecânicos ou electrónicos. Desenvolvemos novas percepções. E mais profundas. E, por vezes, beneficiamos de ter ambas as coisas (o estudo e as percepções) a acontecer ao mesmo tempo. E isso é mesmo bom.
Tenho usado muito o Second Life, mas geralmente foco-me mais nos aspectos técnicos e não na modelação. E as minhas aulas no Second Life são geralmente dentro de uma sala de aula com computadores, onde estou fisicamente presente com os meus alunos, enquanto usamos o Second Life. Mas depois de acabar a aula, às vezes os alunos pedem-me ajuda no SL ou aproveitam para conversar comigo. Já muitas vezes aprendi muito, empregando tempo on-line para ajudar um aluno nalgum aspecto específico do projecto dele com que nunca me deparara antes; ou a experimentar uma ideia nova; ou a ver como é que as coisas podem correr mal, quando se tenta testá-las com pessoas de longe... Tudo são pequenas coisas, difíceis de lembrar com exactidão, mas em conjunto foram muito importantes para mim.
«B. Todos exploramos tecnologias novas, algumas cativam-nos a atenção mais do que outras, algumas parecem ser revolucionárias, outras são simplesmente maçadoras. Fale-nos acerca daquela ferramenta nova (ou conjunto de ferramentas novas), que acabou de descobrir e realmente o entusiasma, fale-nos do potencial que ela tem para mudar o seu trabalho. O que é que quer fazer com ela?»Estou sempre a encontrar ferramentas novas - faz parte do meu trabalho encontrá-las! O Second Life e o
ToonTalk foram, de longe, as duas ferramentas que tiveram um impacte recente no meu trabalho. O ToonTalk mostrou-me como é que a programação pode ser feita num contexto muito rico, como se estivesse a brincar com tijolos de Lego, associada a actividades do dia-a-dia, e
ainda assim ser potente! E a programação abre tantas possibilidades à aprendizagem... O Second Life mostrou-me como é que pode ser
fácil cooperar e trabalhar num mundo virtual, num local onde podemos
criar um contexto que faça sentido para uma actividade de aprendizagem ou de ensino. E continuam a aparecer tantas engenhocas, tantas ferramentas... Nem sei o que quero fazer com elas! É isso que me seduz. Sinto que posso fazer coisas óptimas, é um caminho à descoberta.
«C. Considera-se um pioneiro? Acha que é mais inovador do que outras pessoas da sua organização? Acha que a sua organização está a deixar-se ficar para trás? Diga-nas como se sente a respeito disto.»
Sim e não. Sou um pioneiro em muitos aspectos - e certamente que tenho sido um dos primeiros a adoptar tecnologias novas - e sou possivelmente mais aberto do que a média em relação a experimentar coisas novas, métodos novos, ainda que não saiba bem como. Mas muita gente no meu departamento da universidade (engenharias) também o são. Nem toda a gente, como é óbvio; mas embora outras partes da universidade até possam ser muito conservadoras, sinto efectivamente que trabalho num ambiente que acolhe e apoia o pioneirismo.