Caros munícipes,
Aqui deixo as duas intervenções que acabei de fazer na Assembleia Municipal de Ansião, a 25 de novembro de 2022.
"Ex.mo Senhor Presidente da Assembleia Municipal e deputados,Ex.mo Senhor Presidente de Câmara,Público presente e online,comunicação social:Celebra-se hoje um dos dias mais importantes para a nossa democracia, o 25 de novembro. Foi votada nesta assembleia uma recomendação ao executivo municipal para que passasse a ser comemorado, mas para minha grande surpresa não houve qualquer iniciativa da câmara. Saúdo, assim sendo, a democracia num dos seus grandes dias.Peço um esclarecimento sobre esta atitude da Câmara de ignorar a recomendação da Assembleia, mas como há muita desinformação e desconhecimento, desejo enquadrar com uma leitura que, creio, diz muito ao Partido Socialista. Trata-se da reflexão pública do seu antigo dirigente e antigo presidente da república, Mário Soares, publicada na revista Visão a 2 de dezembro de 2010, da qual passo a ler:BREVE REFLEXÃO SOBRE O 25 DE NOVEMBROpor Mário Soares
Passou na última 5ª. feira o 35º. aniversário do 25 de Novembro de 1975. A maior parte dosleitores jovens, desta breve crónica, talvez não saiba sequer do que se trata. E, no entanto, é, na história contemporânea de Portugal, uma data tão importante, para a afirmação da democracia pluralista, pluripartidária, e civilista, que hoje temos, como a Revolução dos Cravos.Não tenho nenhum gosto de levantar polémicas passadas. Mas a verdade é que a memóriahistórica não deve ser esquecida. Sobretudo, quando os responsáveis de termos estado à beira da guerra civil, o Partido Comunista e a Esquerda radical - lembremo-nos dos SUVs e do poder popular - nunca fizeram uma autocrítica a sério do seu comportamento passado, como lhes competia.Pelo contrário, continuam a pensar - e às vezes a dizer - que o 25 de Novembro foi uma contra-Revolução, que impediu que Portugal fosse uma Cuba europeia. Onde estariam hoje esses responsáveis - e os seus herdeiros - se tivessem ganho? Seguramente não viveriam tão bem e em paz como hoje, felizmente, vivem. (...)"
A segunda intervenção aborda um problema na Urbanização da Fonte:
Ex.mo Senhor Presidente de Câmara:
Constatei com agrado, no trajeto que faço a pé com o meu filho para a escola primária, obras que infiro sejam para criar uma passadeira no cruzamento da Urbanização da Fonte com a Rua da Biblioteca. É de facto um trajeto frequentado por muitas crianças e famílias a pé e fazia falta. Os meus parabéns.
Reparei que havia também obras no interior da Urbanização da fonte, que circundei, e constatei tratarem-se de várias passadeiras, o que me causou já algum espanto, porque se trata de um espaço quase fechado, de baixíssimo trânsito, onde o risco aos peões é diminuto e desta forma se eliminaram vários lugares de estacionamento onde não há alternativas próximas. Abordei o senhor Presidente de Junta e moradores, que me manifestaram igual surpresa pela iniciativa. Gostava de saber se a iniciativa partiu da câmara e com base em que lógica.